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 ALMANAQUE DE PLANTAS - 1ª PARTE

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Branquinho




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MensagemAssunto: ALMANAQUE DE PLANTAS - 1ª PARTE   ALMANAQUE DE PLANTAS - 1ª PARTE Icon_minitimeSáb Jul 25, 2009 6:57 pm

INTRODUÇÃO

Começa aqui um outro Almanaque e desta feita sobre o vasto mundo das espécies da Flora Medicinal, sob o titulo “Almanaque de Plantas”. Relembro desde já e insisto vivamente junto a todos os que lêem o que se segue que tenham em consideração que o reino da natureza tem duas faces, uma que CURA e outra que MATA.

Assim, se você, Senhor ou Senhora, não possui conhecimentos adequados para saber utilizar as plantas e não está munido(a) de todo o saber sobre qual planta utilizar, as quantidades, as doses diárias e sobretudo não conhece nem os efeitos secundários da planta quanto mais o que ela fará à sua maleita, aconselho que consulte um especialista em ervas no seu ervanário mais próximo, caso contrário incorre em risco de colocar a sua vida e até a dos seus em PERIGO. Desta feita, deixo em claro que as informações são rigorosas mas que não há qualquer responsabilidade da minha parte por erros cometidos por aqueles que façam uso errôneo no todo ou em parte dos escritos aqui mencionados.

Numa situação muito pouco fora do comum, e graças ao conhecimento pessoal que tenho com os administradores do fórum de Conhecer as Plantas, consegui reservar em exclusivo, após um acordo particular, as informações que se seguem em vez de os publicar noutro lado.

Os textos são muitos antigos e remontam ao início do ano de 1968, pelo que obedecendo a um pedido que me foi feito e exigido mantenho o seu autor no anonimato total. A minha transcrição de medicina é fiel ao original, apesar do conteúdo científico e histórico ser de minha autoria. Contudo, o autor é um experiente médico que realizou um tratado de plantas curativas e descreveu a sua aplicação prática no tratamento de muitas enfermidades humanas.

Contudo, o seu tratado foi superado ao longo dos anos pela química artificial e ainda hoje muitos médicos e industrias farmacêuticas se recusam a atribuir ao reino natural e mineral qualquer propriedade de cura, e no entanto eles próprios na composição de boa parte de 95% de todos os medicamentos utilizam o reino natural, mineral e animal para conseguir as mais incríveis fórmulas contra as piores doenças do nosso século. Aqui fica e cada um no seu individual que se reveze a si mesmo pelo seu saber e pela sua própria segurança.

Prólogo

Há cerca de milhões de anos, quando apareceram os primeiros seres humanos sobre a face da terra, não existia, pois, qualquer fármaco artificial que pudesse valer na doença de que padeciam, incontestavelmente, esses nossos antepassados tal como hoje padecemos.
Livremo-nos na nossa consciência actual, aqui, de começar neste fórum a discutir a origem da humanidade e vamo-nos cingir ao tema que aqui começo durante longo tempo.
Todos sabemos que reino vegetal é mais antigo do que a humanidade e desde os templos bíblicos até aos nossos dias, a flora medicinal tem merecido a mais profunda admiração e o mais acrisolado respeito pelo seu poder de cura. Nesta variedade da natureza, encontraram os primeiros seres de então, os remédios adequados para curar e combater as suas doenças, e claramente, recuperar a sua saúde.

Os povos primitivos foram mais guiados pela intuição do que pelo conhecimento e saber. Se formos a julgar a sua acção em busca de socorro na natureza vamos ter que repensar como é que descobriram ou suspeitaram sequer que algumas variedades de plantas naturais curavam determinados males que os atingiam particularmente e/ou à sua prole.
Depressa, sem mais investigações aprofundadas, chegamos à conclusão de que essas pessoas, sem qualquer saber que possa ser comparado ao nosso actual e tão sobrecarregado de tecnologias e informação escrita universitária, o fizeram sem sombra de dúvida pela simples “INTUIÇÂO”.

A intuição e, pois, uma notável faculdade que reside no nosso subconsciente e foi o que guiou os primeiros povos e pais primitivos no uso correcto das plantas a seu favor. Relembro que a propósito desta minha descrição não havia, na época primitiva (bíblica ou pré-histórica) dos novos bisavós qualquer intervenção mínima da química dos laboratórios que hoje possuímos, nem existiu qualquer receita magistral que desse corpo a uma recita onde as variedades iriam de 1,4 gramas deste produto até atingir as 10 gramas de outro produto cuja formula final daria um resultado pretendido, mas somente uma misteriosa faculdade de que tanto são dotados os seres humanos como os restantes seres irracionais.

A enfermidade é um mal inerente ao género humano, mas o reino animal, também, sofre de doenças e recorre por vezes misteriosamente ao consumo de plantas. Este é o caso dos gatos e dos cães, entre outros animais considerados somente “carnívoros” pela sua natureza, e que estranhamente recorrem ao devorar de certas espécies de plantas em determinadas quantidades. Quem possui gatos e cães que o observe ou confesse.

Muitas vezes não é possível à ciência humana, mais precisamente à medicina tradicional e hospitalar, curar todas as maleitas de que a humanidade sofre. Há então que recorrer a alternativas de cura e procuramos, de forma inconsciente, penetrar no próprio mal e compreendê-lo, para o tentar curar e salvar-nos de uma morte certa ou pelo menos aplacar as nossas dores. Recorremos então, inegavelmente, à antiga medicina do Reino das Plantas quando já nos dizem que as experiências mais valiosas das equipas médicas e mais recente química nada podem fazer senão continuar a receitar fármacos artificiais, uns atrás dos outros, que nos causam mais mal-estar do que curas pretendidas e bem-estar e/ou pelo menos esperadas curas com muita esperança mental.

A prescrição das plantas está fundada, hoje como ontem, na prática experimental. Todos sabemos que a holopatia recorre ao reino mineral e à flora venenosa para edificar a sua terapêutica, cujo uso representa constantemente prejuízo para a saúde e grande perigo para a vida humana e animal, sobretudo quando as suas doses não são bem dirigidas e controladas e onde os doentes que se utilizam deste tipo de cura não escapem a uma intoxicação medicamentosa por desconhecer o uso devido de determinada planta que tanto é apregoado, popularmente, como a mais certa para curar uma dor de dentes, por exemplo, e que pode ter efeitos contrários e nefastos noutra qualquer pessoa que apresente idênticos sintomas.

A partir daqui, o leitor(a) será envolvido num mundo da natureza. A cada um a sua sabedoria e livre pensar, e a cada um a sua consciência e fé. Livres de qualquer responsabilidade, livres de qualquer intenção de dolo, livres de todo o mau encaminhamento, só nos resta que a cada um caiba a razão de bem aplicar os ensinamentos que se seguem. E, no entanto, não lhes daremos a receita total da juventude e do rejuvenescer, mas pelo menos tentaremos colocar cada um no bom caminho.

Capitulo UM

Tendo em conta a descrição feita sobre a origem e causa das enfermidades, vê-se que o objectivo da flora medicinal é restaurar a saúde mediante a acção específica inerente a que cada uma das plantas medicinais já que uma planta poderá curar uma dor de dentes mas pelas suas propriedades físicas mas já não serve para curar uma constipação. Cada planta tem, pois, o seu lugar e poder.

A cultura das plantas está sujeita às condições do terreno onde se encontra, ao clima da região onde este solo está contido naturalmente, ao estado do tempo de cada região e ainda à influência dos próprios astros quer acreditem quer não. Esta tarefa, um tanto complicada para o homem, não o é para a natureza, pois todas as plantas saudáveis crescem nos mais diversos lugares e sob os mais variados climas terrestres. Não há, pois, sitio algum no mundo e na terra que compreendemos como “solo” em que não seja possível o seu aparecimento.

As plantas medicinais estão, pois, presentes nos campos selvagens, nos bosques, no meio das rochas, nos prados, entre o gelo e as dunas de areia infinita, nos jardins mais bem tratados e nas hortas mais esplendorosas. No entanto, a sua colheita não pode, nem convêm, ser feita em qualquer momento que se deseja e quando muito bem se entende ou porque a razão nos foi turvada por uma dor de dentes que em muito nos atormenta.

De uma maneira geral, as plantas devem colher-se quando se apresentam diante dos nossos olhos com uma plena vitalidade e pujança total. Passada esta época, os vegetais que estão por colher envelhecem naturalmente a cada dia e perdem gradualmente as suas propriedades primitivas, sofrendo elas próprias no seu físico de planta e ser vivo, uma transformação notável na sua composição.

Se não sabe quando apanhar as suas ervas medicinais, Já as recolheu e após ter obedecido a todos os regulamentos e éticas não conseguiu obter nenhum efeito, então devia saber de sua consciência que no reino das Plantas Medicinais:

1. As raízes colhem-se na Primavera ou no Outono;

2. As folhas devem colher-se quando a vegetação está em toda a sua força ou pujança;

3. Colhem-se em tempo seco e sempre depois de já ter nascido o sol, e no Inverno quando o orvalho já se evaporou;

4. As flores colhem-se, na sua maioria, antes de estarem completamente abertas;

5. Muitas flores devem-se cortar com os cálices, como as de rosmaninho, salva, tomilho, alfazema, malmequer, dente de leão, etc.

6. As flores de absinto, da centáurea menor e da vulneraria devem-se colher com as cabeças da planta;

7. Em geral, as plantas que se querem conservar devem ser cortadas antes da evaporação do orvalho, na época de frio, para que esta mesma água as vivifique até ao momento de usá-las;

8. A secagem consiste em fazer evaporar a água que todas as plantas medicinais contêm, com o fim de conservá-lo. Por norma geral, as plantas secam-se ao ar livre e expostas ao sol, com excepção das plantas aromáticas que devem as suas propriedades a um óleo volátil e exigem de preferência, a sua secagem num “aposento arejado”, o que significa que as aromáticas exigem um ambiente adequado e não um ambiente qualquer.

9. As folhas secas lentamente e à sombra perdem, em certas ocasiões, o perfume e tomam uma cor enegrecida. Em tal estado ficam desprovidas das suas propriedades mais elevadas. O essencial, nestes casos, é tratar e conserva-lhes o aroma, a cor e a textura que lhe são peculiares.

10. As flores devem ser secas com a maior rapidez possível por causa da deficiência dos seus tecidos e da facilidade com que se alteram. Não devem, pois, expor-se ao sol, a não ser que se cubram previamente com papel pardo. As raízes delgadas e pouco sumarentas secam-se penduradas, aos molhos, em locais arejados e sempre, sem margem de erro, debaixo de tecto.

11. Podem, também, cortar-se e colocar-se em caniços. E para desembaraçar as raízes da terra que têm agarrada, geralmente, pode-se lavar-se em conjunto por água corrente e quando não possuem terra agarrada, podem-se submeter-se a uma segunda lavagem e depois serem expostas ao sol, para fazer evaporar a água que contêm e em seguida colocam-se a secar da forma acima indicada.

12. Terá que ter em boa consideração que para conservar as raízes, as folhas e as flores, devem ser encerradas em cartuchos de papel ou em recipientes inacessíveis ao ar, à luz, ao pó e à humidade. O mais conveniente para isso só os frascos de vidro hermeticamente tapados, já que a humidade predispõe os vegetais à putrefacção. As plantas secas que foram atacadas pela humidade estão desprovidas das suas maiores e menores virtudes medicinais.


Próximo Capítulo – Modo de preparar as plantas. Volume e peso. As horas mais convenientes para tomá-las.
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