Centro do Porto com agricultura biologica

É mais uma noticia, mas achei que uma boa iniciativa poderia ser aqui partilhada.

"Movimento pretende aproveitar terrenos abandonados para fazer agricultura sem recurso a químicos. Qualquer pessoa pode cultivar um lote no centro do Porto. Sem qualquer custo.
Encontrar terrenos abandonados nos quais se possam desenvolver projectos de agricultura sem recurso a produtos químicos. Numa frase, talvez seja esta a melhor forma de definir o projecto Quinta Musas da Fontinha, que arrancou sábado e que juntou cerca de 40 pessoas só no primeiro dia."

Toda a noticia em: http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1475683

Muito bem

Acho louvável estas iniciativas, há tantos terrenos abandonados...

Violeta, eu também acho louvável estas iniciativas, mas não acredito nelas, pois já há alguns anos atrás se fez a mesmíssima coisa, e não resultou. Mais cedo ou mais tarde as pessoas acabam por abandonar as terras, porque inicialmente há um grande entusiasmo, mas depois vem a rotina, o cansaço, o aborrecimento, o ver os vizinhos a gozar com a situação.
Oxalá este projecto vá avante, mas tenho sérias dúvidas. A não ser que a crise a isso obrigue.

Tudo se resume apenas a uma questão de mentalidade.

Isto é, se as pessoas tiverem vontade e gostarem do que se propuseram a fazer , não tem nada que desistir, nem tem de ligar à pouca inteligência dos que gozam, pois esses ainda se encontram num nível inferior e tem muito que crescer.

É uma pena que se tenha abandonado a agricultura e estejam sempre à espera de subsídios para tudo. Antigamente não havia subsídios e as pessoas trabalhavam e todos viviam. Aproveito para dar um conselho, como somos um País que gostamos de copiar os outros, em vez de tentarmos ser nós a tomar iniciativa, então ponham os olhos na França e na Suíça, façam pesquisa,....... melhor se puderem ir lá, verão como tenho razão.

Dá gosto em olhar para aqueles campos todos lavrados e tudo com muita organização. Onde foi feito para ser campo de cultivo está num local onde tem que ter floresta noutro, as aldeias noutro local e assim sucessivamente. Nos caminhos não se vê o que se vê cá está tudo limpo, sem ervas e bem arranjado, as rotundas dá gosto olhar para elas, tudo cheio de flores, com algumas pequenas árvores. Nas entradas das vilas e aldeias por onde passei, tudo limpo e arranjado e com muitas flores. Só mesmo estando lá e comparar. Agora nós em Portugal é assim, casa, o seu próprio jardim mal arranjado e com couves à mistura, depois barracos ,com tralhas velhas em cima, galinheiros pelo meio, depois novamente a casa , terreno, barracos, jardim se o tiver, mal arranjado e com couves bem vistosas na parte da frente, muitos terrenos abandonados, porque é melhor ficar bem quietinho dentro de casa a dormir e depois ir para o café, pois como o rendimento mínimo vem ter com eles, não vale apena fazer alguma coisa............A guita chega na mesma.

Portanto não é uma questão de falta de dinheiro, mas sim muita falta de vontade e de gosto em termos um País mais bonito , organizado, e de gostarmos de trabalhar.


QUANDO É QUE VAMOS ACORDAR??????????????

Eu acho que a grande questão é que á primeira vista é muito bonito deitar ovinhos e sair pintainhos, ou seja, é muito bonito ver alfaces e couvinhas a crescer, mas depois quando se apercebem que a enxada faz doer os costados é que são elas.
Mas eu acredito que possa funcionar, o medo já começa a ser grande.

EU acho que todos vocês acabam por ter razão, um pouco cada um, reparem, o mérito decriar hortas citadinas, o demérito de as deixar cair, a mentalidade retrógada de criticar sem nada fazer e efectivamente o País feio que temos comparado com os restantes países da Europa.
A Vale, falou numa questão primordial e que se chama ordenamento territorial. Basta passar a fronteira em qualquer lado do nosso Portugal e começamos a ver nos países vizinhos, zonas de cultivo, zonas de floresta e depois zonas de habitação. O nosso problema é que sabe-se lá porquê, sempre se deixou construir em qualquer sítio, sempre se deixou fazer a casinha dos nossos sonhos no terreno que era dos nossos pais ou avós e assim se foi descaracterizando a paisagem, com custos elevadissimos, ramais de água, ramais de electricidade que obrigam a mais linhas áereas de energia, postes de telefone, etc etc Assim o nosso País ficou mais feio com o concluio de Camaras municipais, arquitectos, engenheiros etc etc. Ainda hoje um arquitecto de exteriores, é visto como um bicho no processo da construção. Não haja dúvidas que os Municipios Alentejanos souberam controlar até à poucos anos, este processo de destruição do nosso País, não permitindo edificios altos e casas em qualquer lado, mas enfim é o país que temos e antes de mais, é uma questão de mentalidade que infelizmente a nova geração, alheada a tudo, vai perpetuar.

ESqueci-me de dizer que concordo plenamente com a MAria João quando diz que se começa a ter medo, mas é pena que as coisa sempre sejam feitas não por vontade própria mas porque a isso nos obrigam.Depois temos empresários a falar em novas ditaduras o que no mínimo é penoso de ouvir, mas que no fundo dizem aquilo que todos sabemos mas temos vergonha de dizer: Isto só lá vai com ordens, porque nós Portugueses, somos assim, se não houver ninguem a mandar , andamos à deriva....

É triste ler os vossos comentários, mas infelizmente TODOS têm razão! E como foi dito atrás, o pior é observarmos a nossa juventude alheada de tudo quanto a rodeia, e só pensando em enviar mensagens por telemóvel, em abanar a cabeça ouvindo música na paragem do autocarro, ou comodamente sentados em frente ao computador namorando pela internet... E olho para esta juventude que não aprecia a Natureza que a rodeia, que não está minimamente interessada em tirar dividendos da terra-mãe, que não dá conta de precaridade da situação mundial, onde os recursos naturais vão escasseando cada vez mais. E pergunto eu: como podemos nós adultos mentalizar e educar os jovens, se somos nós próprios a alhearmo-nos da realidade, a fecharmos os olhos aos problemas que nos rodeiam, a preferirmos a comodidade do sofá, ao prazer de plantar umas simples couves?