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| COMPOSTAGEM: O QUE É? | |
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+4Pereira joba Branquinho Flora 8 participantes | Autor | Mensagem |
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Flora Moderadora
Mensagens : 273 Data de inscrição : 09/03/2009 Idade : 51
| Assunto: COMPOSTAGEM: O QUE É? Sáb Abr 04, 2009 12:11 pm | |
| A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo a que se chama composto. VANTAGENS: "Fazer Compostagem em casa poupa transporte e custos de deposição de resíduos que de outra forma não teriam o destino final adequado." - O composto melhora a estrutura do solo, e actua como adubo. - O composto tem fungicidas naturais e organismos benéficos que ajudam a eliminar organismos causadores de doença, no solo e nas plantas. - Sustentabilidade do uso e melhoramento da fertilidade do solo. - Retenção de água nos solos. - Redução no uso de herbicidas e pesticidas. - Redução da contaminação e poluição atmosférica. - Envolvimento dos cidadãos para ajudar a mudar estilos de vida. COMO É QUE O COMPOSTO BENEFICIA O SOLO? O composto adiciona matéria orgânica ao solo. Ajuda a reter a água nos solos arenosos e dá porosidade aos solos argilosos. Introduz no solo organismos benéficos, como bactérias e fungos, que têm a capacidade de passar os nutrientes da parte mineral do solo para as plantas. COMO POSSO UTILIZAR O COMPOSTO? O composto maturado é usado para relvados, vasos, canteiros, floreiras e caldeiras das árvores. Uma mistura de 1/3 de composto, 1/3 de areia e 1/3 de terra é um rico adubo para plantas novas, floreiras e plantas de interior. Para projectos de arquitetura paisagística, uma mistura de 60% de composto com 40% de terra é ideal para relvados, canteiros, árvores e arbustos novos. Fazer compostagem caseira é muito fácil, e qualquer pessoa pode fazer, só precisa de um pouco de espaço. Veja como em Faça você mesmo. NA QUINTA, O COMPOSTO: - Aplicado nas plantações adiciona matéria orgânica, melhora a estrutura do solo, reduz a necessidade de fertilizantes e o potencial de erosão do solo; - Pode ser armazenado por longos períodos de tempo, sem odores nem moscas; - Pode ser usado em qualquer altura do ano; - Elimina ou reduz os problemas de deposição de estrumes, reduzindo as escorrências e contaminação de poços por nitratos; - Também pode ser usado como cama de gado; O seu uso reduz o aparecimento de doenças nas plantas. AS 5 REGRAS DE OURO! 1 - ESCOLHA DO LOCAL > sombra no verão e sol no inverno 2 - PREPARAR O FUNDO > boa drenagem 3 - MISTURA DE MATERIAIS > Verdes e castanhos 4 - AREJAMENTO > revirar quando compactado 5 - HUMIDADE > Regar se necessário | |
| | | Branquinho
Mensagens : 199 Data de inscrição : 17/03/2009 Idade : 60 Localização : Porto
| Assunto: Compostagem Sex Jun 05, 2009 6:29 pm | |
| Pretendo fazer uma secção para produzir compostagem natural. Essa compostagem vai ser usada em terras de produção biologica. Julgo - pelo que muito li - que posso fazer uma compostagem à base de produtos da própria terra, ou seja, de excedentes e variedades de arbustos de caule tenro (um composto mais ou menos de ramos de aniz, ervas daninhas, folhas secas, agulhas de pinheiro, urtigas, couves pencas sem utilidade, etc). Acha que vai dar para fazer um composto final que seja capaz de fertilizar uma terra que nunca foi semeada e que esse composto seja adequado para usar numa produção de leguminosas? Cordiais Saudações | |
| | | joba
Mensagens : 296 Data de inscrição : 01/06/2009 Idade : 60 Localização : ILHA DE S.MIGUEL -AÇORES
| Assunto: Compostagem com ervas daninhas Ter Jun 09, 2009 1:37 pm | |
| Boa tarde Branquinho e seja bem-vindo ao forum.
Sobre o que pergunta ao moderador, deixo-lhe uma dica. Presumo que se esteja a preparar para fazer a compostagem. Deve ter cuidado com as ervas daninhas e o mato que vai cortar, porque nesta altura já devem estar com semente e se isso acontecer, já não as deve utilizar porque mais tarde quando espalhar o composto peos campos vamos ter essas sementes a germinar e a crescer viçosas.
Para utilizar em compostagem, o ideal será arrancar as ervas antes da floração e atenção: arrancar,nunca cortar porque senão como é lógico estamos a fazer uma poda e a dar mais força à planta.
Cumprimentos; | |
| | | Pereira
Mensagens : 118 Data de inscrição : 10/06/2009 Localização : Mouro
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Sáb Jun 13, 2009 1:06 pm | |
| Já fiz uma vez com restos da limpeza de folhas, ramos, etc. Uma dica interessante é a utilização de macerações de plantas para ajudar à decomposição, antes do golpe de calor. Usei maceração de urtigas, parecida à do insecticida de outro post. Também se podem usar muitos tipos de resíduos, consoante o elemento em falta ou para enriquecer o composto. Lembro-me que a borra de café fornece nitrogénio e casca de ovo cálcio, claro... Outra dica é fazer sempre camadas de materiais distintos e colocar um pouco de terra entre elas. Deixei de fazer pela propagação de sementes referida, mas já li que há uma esterilização natural devido ao calor que o processo desenvolve. | |
| | | oriana Moderadora
Mensagens : 124 Data de inscrição : 14/03/2009 Idade : 58
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Dom Jun 14, 2009 10:16 am | |
| Branquinho, gostava que nos dissesse se pretende fazer agricultura tradicional ou agricultura biológica, para que lhe possamos dar instruções sobre os materiais a utilizar na compostagem. Muitas vezes as pessoas utilizam o estrume dos animais criados em casa, e afirmam que os seus produtos são biológicos, mas esquecem-se que os animais são alimentados a rações com compostos químicos; e os seus dejectos são afectados pela composição dos alimentos! Ficamos a guardar a sua informação. | |
| | | Branquinho
Mensagens : 199 Data de inscrição : 17/03/2009 Idade : 60 Localização : Porto
| Assunto: Compostagem - Uma história que vai dar que falar Sáb Jun 20, 2009 3:08 pm | |
| Olá Oriana, O que nós pretendemos é fazer agricultura biológica, mas usar os métodos da agricultura tradicional, ou seja, aproveitar terras para fazer grandes hortas (há umas com 1.600 metros e outras superam os 2.350 metros quadrados), e começar a plantação do maior número possível de alimentos naturais sem recorrer ao actual sistema de emprego de pesticidas e anabolizantes de crescimento, porque esse conceito, é o que prejudica o alimento, o solo e sobretudo o sabor natural. Eu explico tudo do princípio, mas previno que o projecto aqui descrito é um pedaço longo, pelo que muitos leitores estarão aqui com um pedaço de leitura. Se eu não contar desde o princípio não há meio de contar um projecto nem ninguém poderá perceber o que nos motiva. 1º - Nós temos no momento 23.670 metros quadrados de terras e a nova entrada de propriedades já vai expandir esse número para os 25.900 (mais coisa, menos coisa). Deste espólio total somente uma aproximação de bons 8.700 metros quadrados - que poderão passar aos 9.320 metros quadrados - é que podem ser transformados em hortas produtivas, porque o resto não passa de matagal florestal onde proliferam pinheiros, acácias e choupos. 2º - Descobrimos que as terras produziram somente erva para gado bovino e caprino, nunca foram lavradas no passado, não sofreram qualquer adubação nem tiveram qualquer forma de produtos agro tóxicos. Todas elas possuem água em poças artesanais de rega e as próprias nascentes. 3º - Os solos estão em bom estado. Terra castanha que não é nem possuidora de lixos - quando cavadas até 20 cm - nem possuem pedras nem xistosidade. Não é regada em demasia nem sofre demasiada seca, porque a antiga mania de plantar árvores em redor do terreno garante uma boa sombra - norte, sul, este e oeste - ao centro das terras e o simples facto de ser uma zona altamente produtora de água que vem debaixo das montanhas garante uma humidade razoável todo o ano à excepção do tempo de queda de neve. 4º - Seleccionamos todos os produtos que sejam capazes de se reproduzir naturalmente na região e descobrimos uma série de 52 produtos que se ambientam muito bem a esta região do Douro. No entanto, não contentes com este número, metemos um projecto nosso de plantar mais variedades que por si só serão uma total novidade no meio em que serão plantados porque não os há nem ninguém nunca os plantou ou pelo menos sequer o tentou uma vez que fosse. 5 º - Criamos uma lista de variedades de feijão (5 espécies de branco, frade, verde, anão, fidalgo, princesse, rocquencourt, missouri e foice rasteiro), tendo ainda uma ideia fixa de plantar e povoar três grandes zonas com favas (2 espécies), ervilhas (2 espécies), tomates (3 espécies), pepinos (2 espécies), malaguetas (2 espécies), salsa (2 espécies), cominhos, espargos, tomate anão, couve penca, penca de Verão e de Inverno, abóboras (4 espécies), pimentos (2 espécies), hortelã, cidreira, milho de pipoca, cabaças, couve roxa, couve flor, cebola, batata, cebolinho, alface e agrião. Temos ainda a ideia de plantar algumas espécies só originárias de África - milho e feijão mungo e este último que tem a propriedade de se reproduzir 3 vezes por ano. 6º - Tentando completar essa lista teremos uma grande área chamada "experimental". Toda fechada. Nela serão plantadas o Aloe Vera, Dente de Leão, Limão, Laranja, kiwi, Magnórios, Diospiros, Cidreira, Tabaco, Rosas sem espinhos, Cactos, Cravos (3 espécies), Papoila, Melão e Melancia (todos estes produtos acima descritos não existem na zona). Haverá ainda um lote – na mesma área - de plantação de milho que tem 4 espécies misturadas em proporções iguais e que será uma experiência na tentativa de recriar o milho que se perdeu há anos: milho silvestre. Este terá um menor controlo e intervenção humana e um crescimento ao género “selvagem” durante 3 anos após o que será analisado nas suas propriedades nucleares e caso se verifique a qualidade e produção pretendida voltará a ser plantado até ao nosso objectivo de grau de pureza não manipulado por mão humana. Um projecto que envolve muito tempo, lavoura de terras, sabedoria local e uma mistura de conceitos de ambos os lados da agricultura tradicional e biológica sobre como e quando se deverá proceder a todos os objectivos que darão um resultado final esperado ou inesperado. O risco é só nosso. A compostagem que pensamos usar é a tradicional de vegetação excedente na qual existem compostos orgânicos de origem caseira (somente de cozinha) e uma mistura de estrume de gado bovino. Informações mais rigorosas de quem trabalhou naquelas zonas muitos anos na produção de inúmeros produtos e com os quais sobreviveu estes anos, dizem-nos que há no primeiro cultivo que resultar o descobrir de um sabor que já se perdeu há mais de 100 anos, porque as terras são praticamente limpas e virgens no aspecto de plantação do que quer que seja. Estamos conscientes do trabalho dispendioso, do controle de pragas, insectos e de muitos métodos de cultivo, poda, rega e sobretudo das épocas certas de plantio e colheita. Em conclusão um celeiro de produtos anuais é o que tentaremos fazer. Por agora somente há castanhas, nozes, figos, cerejas, maçãs, uvas, peras (estes produtos vão começar a ser colhidos para inúmeras compotas e utilização de técnicas de descasque para congelação e frutos secos de consumo anual) e sobretudo temos já muita lenha pelo abate de inúmeras excedentes florestais da qualidade de acácias, pinheiro, etc. que já começou em jeito de ordenação das áreas, desimpedimento e limpeza contra fogos. Agora se todas as compostagens irão resultar, isso é que ainda ficaremos a saber. Por agora iremos ter que nos contentar em juntar estas espécies e começar a topografia sistemática das terras de modo a criar um sistema sustentável que nos garanta uma produção anual que compense os nossos esforços humanos e antes de 2012 termos alcançado metas que ainda não há colocadas na prática. | |
| | | oriana Moderadora
Mensagens : 124 Data de inscrição : 14/03/2009 Idade : 58
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Sáb Jun 20, 2009 5:50 pm | |
| Só mais uma pergunta, Branquinho: Pretende fazer agricultura biológica APENAS para seu consumo, ou pretender vender os seus produtos? Se os produtos que vai retirar são apenas para seu consumo, dar-lhe-emos algumas dicas do que NÃO DEVE FAZER em agricultura biológica, para que os seus produtos tenham melhor sabor e melhores propriedades. No entanto, se pretende vir a vender os seus produtos como PRODUTOS DE ORIGEM BIOLÒGICA, não o pode fazer sem primeiro obter a certificação. E essa certificação passa pela sua inscrição numa entidade controladora de qualidade, e pela aceitação de todas as condições impostas pela regulamentação europeia. Só depois de me responder, poderemos ajudá-lo. Até breve. | |
| | | joba
Mensagens : 296 Data de inscrição : 01/06/2009 Idade : 60 Localização : ILHA DE S.MIGUEL -AÇORES
| Assunto: biocompostagem Dom Jun 21, 2009 1:22 am | |
| O problema das sementes pode ser resolvido efectivamente com um aquecimento rápido da compostagem e depois deixar arrefecer antes de utilizado o produto. São métodos que acabam por ser algo dispendiosos pela estação de tratamento que se tem que construir com uma estufa. No entanto a LIPOR já está a colocar no mercado um produto chamado "NUTRIMAIS BIO" que está certificado para utilização em agricultura biológica e que pelo menos na minha propriedade está a funcionar muito bem. O NUTRIMAIS para Agricultura Biológica é um produto feito à base de Resíduos de exploração florestal, Resíduos impróprios para consumo ou processamento (carnes/peixes, frutas/legumes, lacticínios, panificação), Materiais lenhosos, Resíduos biodegradáveis de cozinhas e cantinas e Resíduos de mercados. Este correctivo agrícola orgânico acaba por ser um dois em um com muita qualidade. Para quem se lembra dos antigos cheiros do "FERTOR", típico desta forma pulverenta de apresentação, a LIPOR lançou agora este composto orgânico na forma peletizada “granulado”, o que é um salto qualitativo neste tipo de fertilizantes. Julgo ser uma forma interessante para quem tem, pequenas ou grandes hortas, de fazer chegar os ingredientes que a terra necessita, com um produto homogéneo. Estou a falar deste porque é o que utilizo, mas há mais compostagem bio à venda nas lojas e nas cooperativas agricolas, normalmente de proveniência Espanhola. | |
| | | Branquinho
Mensagens : 199 Data de inscrição : 17/03/2009 Idade : 60 Localização : Porto
| Assunto: Mais uma sobre compostos Dom Jun 21, 2009 2:16 pm | |
| Sobre os compostos orgânicos provenientes de uma selecção e empacotados pela Lipor, nós não os usamos nem nunca vimos ninguém usar. No entanto, tive contacto com 2 engenheiros agrónomos que nos aconselharam a usar o simples "papel" em conjunto com uma base de resíduos florestais indo ainda ao ponto de acrescentar fertilizante - em poucas partes - para obter um crescimento mais razoável. Aqui controvérsias, ideias, experiências, saberes e até palpites ao acaso estão a ser analisados e não nos faltam, de muitas frentes, imposições quanto aos métodos a usar para alcançar uma produção de safra bem boa e idêntica à já alcançada por outros.
Analisados os prós e os contras, verificando a experiência de uns e de outros em maior e menor escala de sucesso, já temos muito em que pensar. Por isso vamos optar pelo sistema que for mais puro e garantir menor intervenção quer com os solos quer com os lençóis freáticos de água, porque o nosso projecto envolve uma série de protecção ao solo, à biodiversidade local e sobretudo a ter em conta em manter essa "selvajaria" da área em bom estado para as gerações do futuro. O que fazemos hoje pode influenciar a vida de outros.
No fim e ao cabo, queremos simplesmente plantar "à moda antiga" usando o que a natureza nos oferece, porque nela tudo o que se produz nada é desperdiçado e tudo o que a terra dá à terra volta.
Eu conto o seguinte: eu tenho uma enorme quantidade de árvores sem préstimo. Cresceram ao longo de 40 anos sem qualquer controlo. Formaram um imenso matagal desordenado e o espaço entre as árvores (pinheiros sobretudo) é de pouco menos de 3 metros. As copas já se misturam umas contra as outras e a vegetação tornou, quase, impossível de haver pegada humana de transitar em qualquer direcção da área.
Consultados vários "peritos" da área florestal descobrimos os chamados "lenhadores radicais" que me aconselharam a usar o ácido Muriátrico. Cada dose desse ácido destruirá a árvore escolhida de baixo para cima e provocará a morte do tronco que por sua vez ficará desprovida de todos os nutrientes, secando-a e colocando-a num espaço de tempo bem curto totalmente seca e pronta para o abate. Contudo, descobrimos que ao fazer isso estaríamos ao mesmo tempo a contaminar o solo e a fazer com que as nascentes de água mais abaixo ficassem contaminadas e impróprias para consumo humano, microscópico e animal.
Assim não pode ser e optamos antes pelo "abate controlado" de árvores excedentes com diâmetros de 15 até 80 cm de modo a manter um ordenamento mais sustentável e sem ferir a natureza. O que queremos é atingir uma quota anual razoável de produtos, não forçando a natureza, não a contaminando, não interferindo com qualquer habitat em qualquer naturalidade selvagem que este já tenha de sua ordem porque nós chegamos agora e somos invasores de uma colónia natural que se manteve equilibrada durante muitos anos.
Provavelmente iremos usar os velhos métodos de compostagem, e com relutância usaremos, apesar da pouca quantidade, adubos naturais. | |
| | | Branquinho
Mensagens : 199 Data de inscrição : 17/03/2009 Idade : 60 Localização : Porto
| Assunto: Agricultura & Afins Dom Jun 21, 2009 2:59 pm | |
| Olá Oriana, Nós pretendemos fazer agricultura biológica para nosso consumo e de terceiros. Sabemos de antemão que os produtos totalmente de origem biológica tem uma procura muito grande no tempo actual e não faltam as famílias que pagam imenso pelos produtos e aliás estamos bem demais a par do que nos obriga a certificação. Mas tudo tem o seu pró e contra, porque ao certificar o produtor e produto está a dar razão aos certificadores de quantas produções possui, onde e quando. Rejeitamos essa ideia totalmente e passamos ao lado. A associação independente de alguns produtores locais prefere manter no anónimo as quantidades anuais das suas produções, porque ao fazer a declaração de produtos já está a revelar quanto produz e - não sei se todos sabem - em caso de conflito mundial o estado poderá usar a "expropriação" dessas áreas e controlar a produção. O projecto já traçado não admite a venda pública mas permite a distribuição controlado entre família e outros mais chegados, envolve ainda produtos que controlamos totalmente tal como o vinho, azeite, água de nascente, lenha de uso doméstico para lareira e selecção de churrasco, pinhas, agulhas de pinheiro, flores e até terra pura para vasos que terá uma tiragem de uma profundidade de 2 a 3 metros. A água é retirada da mina nascente possui uma analise de um laboratório a cada 6 meses de tiragem. Temos, pois, já as nossas próprias etiquetas personalizadas e uma garantia de produção independente e os que irão consumir os produtos podem visitar e acompanhar todo o processo de cultivo e selecção rigorosa de cada um tal como sucede com as castanhas, cerejas, figos, etc., que neste momento já sofre o nosso controlo por "calibre" peça a peça, enquanto que o vinho e o vinagre de vinho já tem também um controle em engarrafamento, selecção, rotulagem apropriada e tempo de maturação. Antes do final do ano penso que já teremos controlo absoluto sobre o fumeiro, carne de javali selvagem, pão caseiro e queijos artesanais em termos de qualidade não comercial e de restrita distribuição. Muitos residentes produtores já o fazem e a ideia não é totalmente nossa. Infelizmente pensamos ter uma distribuição personalizada e longe dos circuitos comerciais, isto envolve um prévio estudo, regulamentação actual, técnicas de controlo e manutenção de níveis de vida (esta só será reconhecida no futuro e será muito usado pelos governos). Os nossos rótulos tem a designação do produto, uma imagem alusiva ao conteúdo, o peso, a data de embalagem e origem. No caso dos vinhos já temos 4 rótulos distintos onde consta a casta, a qualidade, o teor de álcool, o nome artístico e o ano de engarrafamento. Para o controle de distribuição, sem excepção, temos já a tabela de pesos que vai desde as 150 gramas (frasco ou saco de congelar hermeticamente fechado que é caso das compotas, favas, ervilhas, pedaços de abóbora, cidreira) até aos 10 quilos (consoante o produto como é o caso das batatas, lenha e pinhas e até cascas de pinheiro). | |
| | | oriana Moderadora
Mensagens : 124 Data de inscrição : 14/03/2009 Idade : 58
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Seg Jun 22, 2009 12:18 pm | |
| Branquinho, estamos esclarecidos em relação o que pretende, isto é, não pretende fazer agricultura biológica certificada; a sua distribuição será apenas feita entre um círculo restrito, embora de forma perfeitamente legal! Em breve voltaremos a este assunto, embora já algumas dicas lhe tenham sido fornecidas por alguns membros deste forum. Boa sorte no seu empreendimento, e que este forum o ajude na distribuição dos produtos. | |
| | | Branquinho
Mensagens : 199 Data de inscrição : 17/03/2009 Idade : 60 Localização : Porto
| Assunto: UM LAPSO DA MINHA PARTE Seg Jun 22, 2009 6:47 pm | |
| Calma, nós temos uma regra simples que me esqueci de mencionar e pelo facto peço desculpas a todos os membros. O facto de não ser agricultura comercial ao público não quer dizer que não haja acesso às hortas por parte de alguns, porque se lá for muita gente acaba tudo em confusão. Nós vamos lavrar as terras - a maioria delas por tractor - depois fechamos aquilo com cercas naturais para evitar que os javalis lá vão (por acaso até os apanham vivos e criam-nos como se fossem porcos e uma pocilga já foi criada para albergar 8 mas já lá tem mais de 12). Nós não temos posses para todo o projecto e estamos a convidar - oportunamente - algumas das pessoas da família e uns quantos amigos que se mostrem interessados em contribuir com trabalho e sementes. Depois as culturas começam a dar e nós dividimos os produtos. Pois claro que uns e outros vão ter que lá ir dar umas braçadas na terra e suar um pouco para além de lá ir regar oportunamente. Uns dizem-me que vão levar uma dúzia deles e outros só um determinado produto. Agora nós controlamos é uma maneira de não haver da parte de ninguém nem o abuso, nem a escassez que é para ver se há contentamento de ambos os lados. No entanto controlamos pessoalmente os calibres, qualidade, peso, engarrafamento cuidado e zelamos para que haja peso certo em muitos produtos tanto de grande quantidade como da que existe pouca. Admitimos que somos nós que estamos a abater árvores mas controlamos as que são abatidas em diâmetro e pelo excedente florestal. Já no caso de pinhas e agulhas não podemos fazer um controle senão pelo peso ensacado. Nesta situação, e a exemplo, as castanhas produzem mais de 170 quilos mas limitamos as quantidades em sacos de 2 quilos e o mesmo sucede às nozes e as cerejas. Já no caso dos produtos para congelar - ervilhas, favas, castanhas peladas e pedaços de abóbora - temos a cautela de não exceder os sacos mínimos a partir de 100 até 250 gramas senão pelo facto de congelar e depois descongelarem e usarem só metade vai estragar o produto no total. Já no caso da lenha, pinhas, cascas e agulhas de pinheiro e até batatas limitamos os sacos aos 10 quilos com um máximo de cada vez até aos 50 quilos por família. No caso da terra para vasos temos ideia de sacos de 2 até 5 quilos, porque a maior parte das pessoas somente gasta isso e de vez em quando. Os vinhos e aguardentes não são comerciais porque são feitos totalmente em casa e não os há em qualquer lado e nós próprios temos que procurar entre a família quem ceda as quantidades anuais que pedimos. Quanto ao fumeiro - devido às actuais limitações da ASAE que batalhou por lá entre famílias - estes produtos continuam debaixo das lareiras e não tem qualquer saída ou giro comercial fora do círculo familiar, pelo que podemos controlar a qualidade desses produtos já que temos contacto directo com quem produz mais de 1 e 3 arrobas por ano, o que nos permite conhecer cada produtor e saber escolher os melhores. Por acaso temos um conhecido que tem um grande armazém cheio de sacos de batatas, cebolas, presuntos e inúmero fumeiro e vinho que faz comércio só para tem quem cartão "Visa". Vive assim à anos e tem sucesso junto de casas comerciais especializadas no negócio (daquelas que quando a gente vê a montra e sente o cheiro fica logo com fome mesmo que tenha acabado há meia hora de comer uma sandes) e sobretudo famílias que não se importam nada mesmo de pagar o preço à tabela quando eles vão até lá descarregar o camião. | |
| | | Jobi
Mensagens : 9 Data de inscrição : 08/11/2009 Localização : Ribatejo
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Dom Nov 08, 2009 4:03 pm | |
| Eu aproveito o lixo orgânico das refeições. Dá um fertilizante muito bom. Demora um ano ou dois a ficar em condições. | |
| | | martinho
Mensagens : 137 Data de inscrição : 23/04/2009 Localização : Douro litoral
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Ter Dez 06, 2011 5:54 pm | |
| Eu costumo incentivar, mesmo as pessoas que apenas têm um pequeno terreno, a fazerem compostagem. Para além do aproveitamento para estrume natural das culturas, estamos também a reduzir a poluição. E não custa nada! | |
| | | HelenD
Mensagens : 65 Data de inscrição : 04/05/2011 Idade : 38 Localização : Lisboa
| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? Ter Dez 06, 2011 9:24 pm | |
| Eu tenho apenas uma varanda e faço compostagem, apenas usando 1 balde médio sem tampa, 1 balde maior com tampa e 1 tijolo. Como fazer: faz-se uns furos no balde pequeno, dentro do balde grande coloca-se o tijolo e depois o balde pequeno tampa-se o balde grande, o material organico coloca-se no balde pequeno, regando de vez em quando para criar humidade. misturar o composto de vez em quando. Ja tenho a algum tempo e não criou mau cheiro nem bichos fora do balde. Vale a pena | |
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| Assunto: Re: COMPOSTAGEM: O QUE É? | |
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| | | | COMPOSTAGEM: O QUE É? | |
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