Flora Moderadora
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| Assunto: CHA DE GILBARDEIRA Sáb Abr 11, 2009 11:43 am | |
| A Gilbardeira (Ruscus aculeatus L.) é um arbusto vivaz comum na zona da Europa mediterrânica, estando igualmente presente no Sudoeste da Ásia e no Norte de África (Proença da Cunha et al., 2003). Os principais constituintes activos são os saponósidos (4-6%), nomeadamente a ruscogenina e a neoruscogenina, contendo também flavonóides, sais de potássio e óleo essencial (Proença da Cunha et al., 2003). Os rizomas e raízes apresentam a maior concentração de ruscogeninas, sendo estas as partes da planta utilizadas para fins medicinais A Gilbardeira é tradicionalmente utilizada no tratamento da insuficiência venosa e das suas manifestações, como as varizes, flebites, fragilidade capilar, e hemorróidas (Proença da Cunha et al., 2003). A ESCOP e a Comissão E Alemã recomendam o rizoma de Gilbardeira como coadjuvante no tratamento dos sintomas associados à insuficiência venosa crónica, nomeadamente pernas pesadas, cansadas e dolorosas. Estes efeitos atribuídos à Gilbardeira devem-se ao conteúdo em saponósidos (ruscogeninas), os quais lhe conferem uma acção venotónica, de protecção capilar e anti-inflamatória. Os flavonóides são responsáveis por exercer, ainda, um efeito diurético, antiflogístico e protector capilar O extracto seco da raiz desta planta é rico em saponinas (ruscogenina, neuruscogenina), óleos essenciais e sais minerais. Activam os receptores alfa-adrenergécicos pela regulação das contracções dos vasos sanguíneos, assegurando uma redução da vasodilatação e com consequente melhoria do retorno venoso ao coração e melhoria do fluxo linfático. Foi isolada ainda uma nova saponina da raiz desta planta – a Aculeóside A – com actividade inibidora da fosfodiestereáse do AMPc e com capacidade de limitar a vasodilatação. A Gilbardeira raiz possui reconhecidas actividades anti-inflamatórias e inibidoras da elastáse, enzima envolvida na degradação do tecido venoso. | |
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