Fitopatologia é uma palavra de origem grega (Phyton = planta, Pathos = doença e Logos = estudo) e indica a ciência que estuda as doenças das plantas, abrangendo todos os seus aspectos, desde a diagnose, sintomatologia, etiologia, epidemiologia, até o seu controle.
O desenvolvimento da Fitopatologia como ciência data de período relativamente curto. Entretanto, o relato de doenças em plantas é bastante antigo e, desde que o homem passou a fixar-se e desenvolver a agricultura como forma de obter alimentos para sua sobrevivência, passou também a enfrentar problemas relacionados à perdas completas de plantações por questões de doenças e pragas. Na Bíblia são encontradas algumas das referências mais antigas com relação a doenças de plantas, como por exemplo, a ferrugem dos cereais e doenças em videiras e olivais. Estes fenómenos eram normalmente atribuídos a causas místicas e/ou castigos divinos.
A Fitopatologia desenvolveu-se ao longo dos anos, começando pelo chamado “período místico”, onde na falta de uma explicação lógica para as causas das doenças, estas eram atribuídas a causas místicas, passando pelos períodos da “predisposição”, “etiológico”, “ecológico”, chegando ao período atual que é denominado de “período fisiológico”, no qual as doenças das plantas passam a ser encaradas com base nas relações fisiológicas entre planta – patógeno, como um processo dinâmico e mutuamente influenciável.
Actualmente, o crescente e contínuo aumento na população mundial fazem crescer a preocupação com a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos. Uma projecção futurista faz-nos levar a imaginar que não teremos alimentos suficientes para alimentar a população terrestre nos próximos anos. Desta forma torna-se necessário procurarmos instrumentos que permitam um aumento na produção de alimentos.
O desenvolvimento da agricultura está directamente relacionado com algumas questões básicas como a influência de solos, clima, pragas e doenças, além, é claro, do desenvolvimento de avanços tecnológicos.
Inserida neste contexto, a Fitopatologia apresenta-se como ferramenta crucial para subsidiar o desenvolvimento da produção agrícola, procurando solucionar os problemas relacionados com o aparecimento de doenças que reduzem a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos.
Partindo-se da observação de que, entre as diferentes espécies existentes há aquelas que, espontaneamente, são resistentes ou susceptíveis a determinados fungos, experimentos direccionados para a identificação dos aspectos bioquímicos e moleculares envolvidos no mecanismo de interacção planta – patógeno, envolvendo as espécies de importância económica para o País.
Os conhecimentos gerados nas diferentes linhas de pesquisa dentro da área de Fitopatologia poderão ser utilizados em programas de melhoramento genético, visando o desenvolvimento de culturas resistentes/tolerantes às doenças, garantindo, assim, um incremento na produtividade destas culturas.