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 Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares

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Branquinho




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MensagemAssunto: Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares   Plantas Aromáticas, Medicinais e Condimentares Icon_minitimeSeg Jun 08, 2009 8:23 pm

O uso de plantas aromáticas, medicinais e condimentares é parte integrante da cultura Portuguesa, tantas são as suas possibilidades de utilização. Dê uma espreitadela introdutória a este fascinante tema.

A utilização de plantas aromáticas, medicinais e condimentares é parte integrante da cultura portuguesa, tantas são as referências ao seu uso nas mais diversas situações. No entanto, o seu largo emprego não tem merecido atenção especial de quem publica e são ainda poucos os trabalhos que neste domínio se têm feito e ainda menos os que têm resultados que cheguem aos potenciais produtores.
Durante muito tempo considerou-se sem interesse o desenvolvimento deste tema face à importância crescente da química moderna e das maravilhas que supostamente consegue imitando a natureza. Mas, as muitas dúvidas sobre a metodologia e consequências de muitas substâncias que o Homem inventa leva à procura do natural, nomeadamente como forma de encontrar soluções sem consequências e efeitos secundários, o que a solução sintética não consegue no seu todo.
Também a ideia de que só as plantas medicinais e aromáticas espontâneas tinham as propriedades que se procuravam está hoje posta de lado, podendo ser cultivadas com largo benefício para o desenvolvimento das propriedades por que são apreciadas e por que se procuram, para além de que se torna mais fácil a sua colheita e consequente preparação.
O cultivo em vez da recolha de plantas espontâneas, tem ainda a vantagem de evitar recolher plantas em habitat sensíveis, com a consequente destruição de plantas com interesse de conservação e de evitar recolhas exaustivas que podem levar ao desaparecimento de algumas populações.
Existem plantas medicinais e aromáticas das mais diversas espécies. Apresentam consistência herbácea, semi-herbácea ou lenhosa, com aproveitamento apenas de uma parte da planta ou da totalidade. Estas plantas têm na sua composição as substâncias que todas as outras possuem como seja água, sais minerais, ácidos orgânicos, hidratos de carbono ou substâncias proteicas. No entanto de planta para planta, há uma variação relativa destes compostos e noutras aparecem alguns outros que as demarcam e conferem propriedades especiais.
Os componentes que diferenciam as plantas com estas características de outras, conferindo-lhe valor terapêutico e aromático, são os seus princípios activos. Entre estes são importantes:

Alcalóides: Compostos tóxicos que actuam sobre o sistema nervoso central. Podem ter acção terapêutica muito variada, como seja a do ópio que é usado como narcótico, a do quinino que tem acção sobre as febres, a da giesta como regulador cardíaco, a do chá como diurético. O teor de alcalóides nas plantas aumenta até à floração, diminuindo rapidamente após esta.

Glucosíados: Apenas em casos pontuais têm propopriedades medicinais próximas dos alcalóide; têm presença importante no ruibarbo e na dedaleira.

Óleos essenciais: Aparecem em muitas plantas com um aroma característico, geralmente agradável, que se pode obter por destilação.

Taninos: Com propriedades anti-diarreicas, são facilmente oxidáveis.

Princípios amargos: De origem diversa, geralmente glucosaídica, têm sabor amargo estimulando a secreção de sucos gástricos, criando condições para melhoria do apetite.

- Mucilagens: Hidrocarbonados que aumentam de volume por hidratação, são utilizados como laxantes, lubrificantes ou anti-inflamatórios.

A importância das plantas medicinais nos cuidados primários de saúde
Sobretudo nas regiões mais desfavorecidas, as populações continuam a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Pelo que, há que incrementar a sua gestão para benefício das comunidades locais.
A Organização Mundial de Saúde estima que 80% da população mundial continua a depender de plantas medicinais para os cuidados primários de saúde. Esta situação observa-se especialmente nos países em desenvolvimento onde está concentrada a maioria da diversidade florística.
Actualmente, numa área remota do Nepal perto da fronteira com o Tibete, grupos ambientalistas estão a trabalhar diligentemente com os curandeiros tradicionais e as comunidades locais, para conservar as plantas medicinais, a base dos cuidados de saúde.
As pessoas de Dolpa, no Nepal, têm que percorrer vários dias até chegar ao hospital mais próximo, que carece tanto de medicamentos como de pessoal médico. Assim, dependem maioritariamente das plantas medicinais disponíveis localmente.
Em aldeias com posições muito elevadas nos Himalaias, os curandeiros são os profissionais de saúde existentes. Seguindo o sistema médico tradicional tibetano, muitos curandeiros são altamente conhecedores dos usos, da ecologia e da gestão de plantas medicinais. No entanto, esta tradição está fortemente ameaçada. O comércio de plantas medicinais está a crescer rapidamente, sendo exportados anualmente 40 a 80 toneladas de plantas somente de Dolpa, sendo a venda de plantas medicinais uma atraente actividade nestas regiões pobres, onde poucas oportunidades existem.
Desde 1997, o Programa "People and Plants", uma iniciativa conjunta da World Wild Fund (WWF) e Jardins Botânicos Reais de Kew, em colaboração com outras entidades, tem tentado obter uma compreensão holística das dimensões ecológica, social, económica, cultural e religiosa da conservação e uso sustentável em Dolpa.
Dois grandes objectivos foram identificados neste estudo para a continuação de futuros trabalhos: desenvolvimento de uma comunidade modelo para a gestão de plantas medicinais e incentivos aos curandeiros e mulheres para melhorarem e desenvolverem os cuidados de saúde. A intenção passa também por dar a conhecer esse modelo a outras regiões dos Himalaias, dado a necessidade de toda a região incrementar a gestão das plantas medicinais para benefício das comunidades locais.
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