DÁLIA - uma flor tão nossa conhecida

O nome científico da Dália é "dahlia pinnata", e é originária do México. O seu porte chega a ultrapassar 1,5 metro de altura. As suas flores grandes e perfumadas, que desabrocham no Verão, são de cores vibrantes e corola singela ou dobradas.
Utilizada em maciços , dá nova vida ao jardim.
Requer um solo bem drenado e fértil, clima ameno e sol pleno. Deve ser regada com frequência.
Multiplicação por divisão de tubérculos.
É muito utilizada como flor de corte.

Quando morava no monte tinha tantas enormes espalhadas pela horta!!
Destas e outras maiores e mais farfalhudas. Foi daquelas coisas que não conseguimos trazer para o quintal da vila com a mesma força e vitalidade. Campo é campo e um quintalito na cidade é bom mas não tem nada a ver.

Sabe Maria João, eu sou uma pessoa da cidade. Nasci no Porto, fui muito novo para Matosinhos e regressei ao Porto com 9 anos de idade, e por lá vivi até aos 35 anos. Cansado da vida citadina, mudei para o campo. Hoje vivo a apenas 12 Kms do Porto, mas numa região de autêntica aldeia. O meu quintal confina com um eucaliptal, ouço todo o dia as mais diversas aves a cantar, vejo os coelhitos a saltitar, mesmo nas traseiras da minha casa, as rolas bravas vêm comer com as minhas galinhas, os melros, os pardais e os piscos são presença assídua no meu quintal, onde todos os anos fazem ninho.
Por isso, eu sei o que é viver na "civilização" e viver no "meio do mato"...
Que maravilha viver num ambiente "selvagem"!...

Eu foi mais ou menos ao contrario Caro Mr. Dmi. Nasci no campo e cresci a apanhar grilos,a ouvir cantar os cucus e a minha escola primária era no meio do mato. Aos dez anos fui estudar para a "civilização" e fui discriminada por vir do campo. Foi uma parte muito sofrida da minha vida, sofrida em silêncio. O meu sonho era "morar na vila" e aos 14 anos realizou-se. Embora a minha cidade não tenha nada a ver com o Porto (pois toda ela está a menos de 12 Km do campo), ainda assim eu noto a diferença entre a minha relação com os pastos e as ervas e a dos meus meninos. Tenho pena que eles não sejam mais campestres como eu fui. Até eu e o papá deles (que sempre viveu na minha tão almejada vila), temos formas tão diferentes até de olhar para os gafanhotos e de pegar numa enxada.
Eu acho que não suportaria viver em Lisboa ou no Porto. Muito lindinhos sim senhor, mas para passear ou passar uns dias, agora viver... ainda bem que não somos todos iguais nem gostamos todos do mesmo, senão ainda a guerra era maior

Mais palavras para quê? Parece que exemplificamos a diferença entre cidade e campo...
E quando eu vejo na TV crianças que nunca viram um coelho vivo, que nunca colheram um ramo de salsa ou duas folhas de couve, lembro com saudade os meus tempos de menino, em que, vivendo na cidade, as casas eram térreas e tinham um pequeno quintal, onde cultivávamos um mínimo de coisas indispensáveis.
Sabe Maria João, o prazer que eu sinto na minha vida do dia-a-dia, trabalhando ao ar livre, no meio da mãe Natureza, metendo as mãos na terra, sentindo a textura do solo, cortando, podando, plantando, etc,etc,etc,...???!!!
Muitas pessoas admiram-se por ser eu a fazer essas coisas, em vez de mandar fazer! Mas eu quero sentir aquilo porque sou responsável, quero também que as plantas sintam as minhas mãos, que sintam o carinho que lhes distribuo... Quero dar e receber das plantas uma energia recíproca. E eu tanto falo disto num dos cursos que dou sobre "A energia oculta das plantas"...
Bom... por hoje já chega. Um abraço para os seus meninos...