Há quem afirme que as orquídeas vivem eternamente, se tiverem as condições ideais.
Muitos orquidólogos têm-se debruçado sobre este assunto, e até agora nenhuma resposta definitiva foi encontrada, embora já se tenha chegado à conclusão que a sua vida ultrapassa largamente a esperança de vida humana.
Não podemos fazer comparações entre longevidade de orquídeas no seu habitat natural, e orquídeas criadas em estufas ou em nossa casa, sendo por isso mesmo, difícil tirar conclusões, uma vez que os estudos efectuados se reportam geralmente a orquídeas criadas em orquidários, e vivendo em condições desiguais às do seu habitat natural.
Mas apontemos agora alguns exemplos conhecidos:
O primeiro exemplar do "AERIDES odoratum" ainda continua vivo, desde 1792 (repito 1792!).
Também o único exemplar da famosa "Cattleya gigas, variedade Frau Melanie Beyrodt" continua vivo e vigoroso desde 1870.
De um modo geral, as folhas em condições normais duram entre seis a dez anos, após o que secam e caem. embora o pseudobolbo continue vivendo e só muito tempo depois comece a endurecer e acabando por morrer também.
Como cada pseudobolbo tem geralmente duas ou mais gemas, que irão produzir um ou mais brotos novos, vão-se formando na orquídea duas ou mais frentes novas; a orquídea vai-se renovando, e dá-nos a impressão de ter uma vida eterna, quando na verdade, a duração de cada parte individual é, no máximo, de 20 anos.
Claro que isto não se aplica a todos os géneros de orquídeas.
Assim, vamos aguardando que estudos cada vez mais recentes, nos possam trazer resultados concretos sobre a longevidade das orquídeas, espécie por espécie.